novembro 05, 2010

91% das crianças portuguesas usam a Internet!


O último relatório do Instituto Nacional de Estatística sobre a utilização das tecnologias de informação e comunicação pelas famílias revela que a percentagem de crianças portuguesas que usam a Internet é actualmente de 91 por cento, num universo onde 96 por cento dos jovens entre os 10 e os 15 anos afirmam ter computador.

A idade foi identificada como um dos factores com maior peso no estudo, que afirma que "a utilização de computador e Internet varia na razão inversa da idade". Entre os indivíduos a partir dos 16 anos a percentagem de utilizadores de computador é de 55 por cento, e 51 por cento acedem à Internet.

Os números mostram ainda que em 2010 passa a ser a residência o local privilegiado para uso do computador (95%) e da Internet (92%), ao contrário do que acontecia em 2008, o que pode reflectir o investimento que tem vindo a ser feito nomeadamente no âmbito de programas como o e-escola e o e-escolinha, que facilitam o acesso pelos alunos a computadores a custos mais reduzidos.

Já no que respeita à utilização dos recursos, a Internet é maioritariamente usada para "procurar informação para trabalhos escolares" (97%), seguida pela troca de mensagens em chats, blogs, newsgroups e fóruns online (86%), afirmaram os inquiridos. O email surge em terceiro (85,5%), seguido do download de jogos, imagens, filmes ou música (79,2%).

Num cenário em que é, globalmente, notório um crescimento na utilização das TIC, 60 por cento dos lares têm computador e 54 por cento ligação à Internet. Os números representam um aumento de 12 e 7 por cento, respectivamente, face a uma análise de 2006 do INE, mas o indicador que mais cresceu foi o da banda larga. 

A presença deste tipo de acessos aumentou 24 por cento, estando presente em 50 por cento das casas portuguesas em 2010 e sendo também o tipo de acesso mais comum. A ligação por cabo foi a mais referida (37%), seguida pela DSL (30%) e pela banda larga móvel (27%).

Os dados foram recolhidos entre Abril e Maio deste ano, através de entrevistas telefónicas em mais de 11 mil residências.

outubro 31, 2010

Portugal, Passos e Tiririca

Os portugueses começam a perceber o que lhes caiu em cima: um orçamento cruel mas necessário, na sequência da irresponsabilidade e negação do Governo. Porém, ainda não sabem quem faria diferente.

A nomeação de uma equipa negociadora para a qual o PSD designou Eduardo Catroga, confirma o que sempre aqui se disse - o OE vai passar. É, pois, altura de questionar a razão de tanta trapalhada e o porquê de Sócrates continuar com a popularidade em alta, apesar da política irresponsável e errada com que conduziu o país.
A forma benéfica com que o eleitorado olha Sócrates está diretamente ligada à relativa indiferença com que é visto Passos. Os portugueses ainda não vislumbram quem faça diferente do atual Governo.
Sabe-se que Manuela Ferreira Leite tinha toda a razão no diagnóstico - e antes dela Cavaco Silva (lembro declarações que me fez em Belém há mais de dois anos e publicadas no Expresso). Mas ainda assim nada indica que, estando o PSD no poder, a situação atual fosse diversa. Os dois partidos têm sido demasiado parecidos (no modo de governar, na nomeação de boys, na defesa de privilégios inúteis) para que o eleitorado ache fundamental passar de um para o outro. CDS, PCP e BE, embora aumentem a votação, não são vistos como solução de poder estável e confiável. Resta a fuga para a descrença no sistema, o que, infelizmente, se verifica.
Se Passos queria inovar e ter uma nova imagem, entende-se a sua relutância em se associar a este orçamento e a este Governo. O que já não se compreende é a recusa do PSD em dizer que orçamento faria. Ao não o deixar claro, cria a ideia de que apresentaria algo muito semelhante, se não igual, tanto mais que na opinião pública reina o convencimento de que boa parte das medidas é ditada por Bruxelas, pela banca, por especuladores, por agências derating, ou por todos juntos.
Passos insistiu (neste ponto com razão) que o Governo é que tem de fazer o OE, mas vai acabar a discutir minudências. Discutindo, associa-se ao monstro que aí vem, o qual sendo necessário, não deixa de ser monstruoso.
Passos poderia, pelo menos, adiantar como seria com o seu governo - Menos ministérios? Menos prebendas e propaganda? Mas também não o faz.
O PSD deve ser claro sobre o que faria nas atuais circunstâncias e o que fará no poder, caso queira ganhar a credibilidade necessária para mobilizar o eleitorado.
Passos não se pode limitar a ser como o deputado brasileiro Tiririca, cujo único programa foi a frase "pior do que está não fica".
Que pior não fica, os eleitores já perceberam (seria até difícil ficar pior). Mas precisam de saber o que melhoraria, o que tornaria o país diferente deste pantanal em que estamos. Se Passos não o fizer, não só desilude como contribui para o descrédito total do sistema democrático em que vivemos.
 Henrique Monteiro (Expresso).

http://aeiou.expresso.pt/henrique-monteiro=s23489

outubro 18, 2010

Castro Daire - Ranking das Escolas 2010.





Ranking das Escolas 2010 CESNOVA SIC/Expresso (Secundário)

Posição
Escola
Tipo
Distrito
Concelho
311
(Total=485)
Escola Secundária/3 de Castro Daire
Público
Viseu
Castro Daire

Ranking das Escolas 2010 CESNOVA SIC/Expresso (Básico)

Posição
Escola
Descrição
Distrito
Concelho
147
Esc. Básica dos 2º e 3º Ciclos de Castro Daire
Esc. Básica dos 2º e 3º Ciclos
Viseu
Castro Daire
966
(Total=1149)
Esc. Básica Integrada de Mões
Esc. Básica Integrada
Viseu
Castro Daire
O ensino em Castro Daire está de boa saúde, salvo raras excepções.
Os meus parabéns!


setembro 15, 2010

Deixo-lhe a receita para o sucesso: 90% de trabalho e 10% de inteligência.

O Prof. Marcelo Rebelo de Sousa comentou as sondagens. Afirma um certo "arrefecimento no entusiasmo dentro do PSD", justifica a quebra na subida do PSD na dificuldade de transmissão das ideias para fora...Claro está que quem só "semeia vento colhe tempestade". Após noticia do desejo de rever a Constituição nesse mesmo dia afirmei em Público mais um líder (PSD) que se "enterrou" no PSD, seguiu o caminho de tantos outros que por sinal nada acrescentaram ao PSD e à Nação para tristeza nossa. Em consequência o Povo sentiu que afinal a mudança tinha ocorrido apenas em Lisboa (PSD),as raposas continuam a comer as galinhas do capoeiro, vejamos o que mudou nas concelhias do PSD?

Anónimo Anónimo disse...
E não te questionas porque a nossa escola fechou? Será que se a Câmara fosse de outra cor estariam calados? E sobre a redução de médico em Mões, de quem é a culpa do PS, não? Há pessoas que são de um lado por conveniência, parece que têm medo de perder o emprego ou de não chegar a chefe!
13 de Setembro de 2010 05:04
Blogger RochaVilaBoa disse...
Sr. Anónimo ( Leitor/comentador), acho as suas questões interessantes diria mesmo pertinentes. Apenas não concordo na sua resposta, quando diz que a culpa não é do PS, porque todas as decisões politicas são da exclusiva responsabilidade de quem decide quer a nível central ou local. Concorda comigo certamente neste ponto? Em consequência se o PS governa em ambos os casos, a sua resposta parece-me menos assertiva, esperava-se uma reacção do PSD (principal partido da oposição) em força de modo a mobilizar todos os cidadãos para contrariar tais decisões como por exemplo as portagens na A24. Será que merece um comentário do Sr. anónimo? Nas questões pessoais, como sabe tenho conseguido obter sucesso na vida pessoal e profissional com mérito próprio reconhecido por todos quantos me rodeiam incluído a sua pessoa. Deixo-lhe a receita para o sucesso: 90% de trabalho e 10% de inteligência. Já quanto à falta de informação ou interpretação menos correcta daquilo que escrevo, dirija-se a mim pessoalmente porque terei todo o prazer em lhe elucidar os meus pontos de vista nem sempre a favor ou contra quem quer que seja mas sim de acordo com as minhas ideias. Obrigado pelo seu comentário.
15 de Setembro de 2010 00:03

setembro 11, 2010

As raposas continuam a comer as galinhas do capoeiro...

"(...)

Cavaco Silva tem, a este propósito, também sido bem claro. Tem enviado recados directos para o PSD e para Pedro Passos Coelho, dizendo por exemplo: “Um chumbo do Orçamento é coisa que não me passa pela cabeça”; “juntos somos melhores, juntos somos mais fortes, juntos venceremos os obstáculos que se nos deparam, como sempre fizemos…”.
Ou seja, do que nós precisamos é de estabilidade, de união de esforços e de muita responsabilidade política, sem cedência a demagogias fáceis.
É esta a mensagem do Presidente da República das últimas semanas. Mensagem que tem repetido por todos os locais do país onde tem estado, como ainda fez esta semana no Distrito de Viseu.
3. Marcelo Rebelo de Sousa também não tem ficado em silêncio. Tem falado, como tanto gosta de fazer. E os seus “conselhos” para o PSD têm sido de esperar com paciência, ser responsável, não ter pressa e não dizer, como fez Passos Coelho recentemente, que só é possível governar bem se a revisão constitucional for concretizada.
Ora veja-se lá bem onde chegou a desfaçatez de Passos Coelho, ao dizer que com esta Constituição não se pode governar bem. Será que um partido que quer ser poder pode dizer isto? Então se já Cavaco governou, Guterres governou, Barroso governou, Sócrates governa… e é agora Passos Coelho a dizer o que diz, quando sabe que a revisão da Constituição só poderá ser feita com 2/3 dos deputados da Assembleia da República? Que só com o PS tal percentagem será atingida?
Marcelo diz mesmo que “um partido que quer ser Governo não pode dizer que só será bom Governo e governará verdadeiramente bem se conseguir uma revisão que provavelmente não vai conseguir”.
Ou seja e dito de forma clara: quem diz isto não merece governar, pois já está a arranjar, prévios, álibis para o seu fracasso."

O Prof. Marcelo Rebelo de Sousa comentou as sondagens. Afirma um certo "arrefecimento no entusiasmo dentro do PSD", justifica a quebra na subida do PSD na dificuldade de transmissão das ideias para fora...Claro está que quem só "semeia vento colhe tempestade". Após noticia do desejo de rever a Constituição nesse mesmo dia afirmei em Público mais um líder (PSD) que se "enterrou" no PSD, seguiu o caminho de tantos outros que por sinal nada acrescentaram ao PSD e à Nação para tristeza nossa. Em consequência o Povo sentiu que afinal a mudança tinha ocorrido apenas em Lisboa (PSD),as raposas continuam a comer as galinhas do capoeiro, vejamos o que mudou nas concelhias do PSD?

agosto 07, 2010

Secção de Bombeiros para Mões.

A necessidade de uma maior e mais rápida intervenção no terreno com meios de salvamento e de reacção enérgica, leva-nos a concluir que seria de bom agrado que na freguesia de Mões, fosse criada uma secção de bombeiros para colmatar a falta de prontidão em tempo e em meios por parte daqueles que dedicam a sua vida a ajudar os outros.
O significativo número de habitantes em Mões, a existência de forte densidade de área florestal (45,5 km2) e uma parte da população já idosa com carências de apoio e de deslocação, a proximidade com a freguesia de Moledo dado a dimensão física e Humana da mesma, faz com que tenha todo o interesse que seja definitivamente criada a tão desejada secção de bombeiros na freguesia de Mões, ao qual um grupo de cidadãos e o Sr. Presidente da junta de Mões tem vindo a defender.
A necessidade de socorro, o apoio muitas das vezes dado pelas corporações de bombeiros em casos de incêndio, enxurradas e outras catástrofes naturais, acidentes de trânsito, os primeiros socorros, apoio aos idosos nomeadamente em deslocações a centros de saúde, apoio a eventos desportivos, a proximidade que a freguesia tem ás Praias Fluviais embora não “homologadas” no entanto muito frequentas, onde no verão há necessidade de cobrir um maior número de população leva a que seja imperativo a sua instituição para que a prontidão seja efectuada com mais rapidez, mais organização e muito melhor coordenada, pois um quilómetro, um minuto, pode fazer a diferença numa vida.

agosto 02, 2010

Redução dos vencimentos dos Políticos. (comentário no blog letras e conteúdos)

Concordo parcialmente com o seu ponto de vista, no entanto parece-me que a solução do problema não está na redução dos salários mas sim na redução em % do número de vagas para Ministros, Secretários de Estado, Chefes de gabinete, outros cargos de nomeação politica, etc. Isto apenas e só como sinal de humildade perante o "povo". Em consequência a redução dos custos com pessoal no seu todo em todas as áreas ( o bom exemplo duas(3) saídas para uma entrada, mas o problema é bem mais profundo e não sei se algum partido terá coragem de admitir...."precisa-se urgentemente de uma reestruturação, atrevo-me a dizer redefinição do numero de freguesias e concelhos, findo o qual,  criaria um sistema de fiscalização da apresentação de contas (Tribunal de contas descentralizado) em que todos os responsáveis políticos seriam obrigados a responder subsidiariamente perante as anomalias detectadas. Talvez tanta gente incompetente não usa-se se quer candidatar-se quanto mais exercer o cargo (Taxo). 
Em conclusão reduzir 5% deste ou daquela elite não resolve a médio e longo prazo, mas talvez sirva para alguém obter um melhor resultado politico nas próximas eleições.  

julho 13, 2010

Deputado da Assembleia da República passou pela Feira Medieval de Mões

Na feira Medieval de Mões tive o prazer de cumprimentar o Sr. Deputado da Assembleia da República Acácio Pinto, manifestar-lhe o meu apreço pelo trabalho de proximidade desenvolvido no exercício das suas funções.

Nós devemos elogiar quem trabalha  independentemente da cor política. O seu trabalho como deputado eleito pelo distrito de Viseu tem sido acompanhado pela minha pessoa com agrado. Mas também aproveitei para lhe transmitir que não votei no Eng. Sócrates, nem acredito que o primeiro-ministro seja capaz de me fazer arrepender do meu sentido de voto.

No entanto no meu entendimento, a proximidade dos eleitos junto dos seus eleitores dignifica a Democracia. Talvez com mais exemplos destes reduzíssemos os números da abstenção.

julho 02, 2010

"....hesito prescrever antidepressivos e ansiolíticos a quem tem o estômago vazio e a cabeça cheia de promessas de uma justiça que se há-de concretizar..."

A saúde mental dos portugueses
Recentemente ficou a saber, através do primeiro estudo epidemiológico nacional de Saúde Mental, que Portugal é o país da Europa com a maior prevalência de doenças mentais na população. No último ano, um em cada cinco portugueses sofreu de uma doença psiquiátrica (23%) e quase metade (43%) já teve uma destas perturbações durante a vida.

Interessa-me a saúde mental a saúde mental dos portugueses porque assisto com impotência a uma sociedade perturbada e doente em que violência, urdida nos jogos e na televisão, faz parte da ração diária das crianças e adolescentes. Neste redil de insanidade, vejo jovens infantilizados incapazes de construírem um projecto de vida, escravos dos seus insaciáveis desejos e adulados por pais que satisfazem todos os seus caprichos, expiando uma culpa muitas vezes imaginária.

Na escola, estes jovens adquiriram um estatuto de semideus, pois todos terão de fazer um esforço sobrenatural para lhes imprimirem a vontade de adquirir conhecimentos, ainda que estes não o desejem. É natural que assim seja, dado que a actual sociedade os inebria de direitos, criando-lhes a ilusão absurda de que podem ser mestres de si próprios. Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque nos últimos quinze anos o divórcio quintuplicou, alcançando 60 divórcios por cada 100 casamentos (dados de 2008). As crises conjugais são também um reflexo das crises sociais. Se não houver vínculos estáveis entre seres humanos não existe uma sociedade forte, capaz de criar empresas sólidas e fomentar a prosperidade. Enquanto o legislador se entretém maquinalmente a produzir leis que entronizam o divórcio sem culpa, deparo-me com mulheres compungidas, reféns do estado de alma dos ex-cônjuges para lhes garantirem o pagamento da miserável pensão de alimentos.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque se torna cada vez mais difícil, para quem tem filhos, conciliar o trabalho e a família. Nas empresas, os directores insanos consideram que a presença prolongada no trabalho é sinónimo de maior compromisso e produtividade. Portanto é fácil perceber que, para quem perde cerca de três horas nas deslocações diárias entre o trabalho, a escola e casa, seja difícil ter tempo para os filhos. Recordo o rosto de uma mãe marejado de lágrimas e com o coração dilacerado por andar tão cansada que quase se tornou impossível brincar com o seu filho de três anos. Interessa-me a saúde mental a saúde mental dos portugueses porque a taxa de desemprego em Portugal afecta mais de meio milhão de cidadãos.

Tenho presenciado muitos casos de homens e mulheres que, humilhados pela falta de trabalho, se sentem rendidos e impotentes perante a maldição da pobreza. Observo as suas mãos, calejadas pelo trabalho manual, tornadas inúteis, segurando um papel encardido da segurança social.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque é difícil aceitar que alguém sobreviva dignamente com pouco mais de 600 euros por mês, enquanto outros, sem mérito e trabalho, se dedicam impunemente à actividade da pilhagem do erário público. Fito com assombro e complacência os olhos de revolta daqueles que estão cansados de escutar repetidamente que é necessário fazer mais sacrifícios quando já há muito foram dizimados pela praga da miséria.

Finalmente, interessa-me a saúde mental de alguns portugueses com responsabilidades governativas porque se dedicam obsessivamente aos números e às estatísticas esquecendo que a sociedade é feita de pessoas. Entretanto, com a sua displicência e inépcia, construíram um mecanismo oleado que vai inexoravelmente triturando as mentes sãs de um povo, criando condições sociais que favorecem uma decadência neuronal colectiva, multiplicando, deste modo, as doenças mentais. E hesito prescrever antidepressivos e ansiolíticos a quem tem o estômago vazio e a cabeça cheia de promessas de uma justiça que se há-de concretizar; e luto contra o demónio do desespero, mas sinto uma inquietação culposa diante estes rostos que me visitam diariamente.

in Público, 2010.06.21
Pedro Afonso
Médico Psiquiatra

"....hesito prescrever antidepressivos e ansiolíticos a quem tem o estômago vazio e a cabeça cheia de promessas de uma justiça que se há-de concretizar..."

junho 13, 2010

Após 50 Km percorridos está feito o aquecimento para o dia 9 de Julho de 2010 na Vila de Mões!

Nos últimos dias percorri vários quilómetros com amigos, somos  admiradores e praticantes de   trilhos pedestres. Naturalmente não participei em todos como gostaria, ainda assim percorri em 15 dias aproximadamente 50Km.

Na caminhada organizada pela associação “Caminhos da Memória – Associação” realizada nas freguesias de Mamouros e Ribolhos no dia 6 de Junho de 2010, com aproximadamente15,7 Km, participaram cerca de oitenta caminheiros com muita genica  e boa disposição, destaco a presença dos Sr.(s) Presidente(s) de Junta de Freguesia supra referidos, os amigos dos Concelhos de Castro  Daire, Guarda, Sabugal, Moimenta da Beira, Penalva do Castelo, Bragança, Arouca, Viseu, Tondela , etc,  a novidade foi a participação de um senhor com 74 anos de Esposende, cheio de energia que contagiou a maioria dos participantes .

Em resumo comecei na rota dos galegos (Penalva do Castelo) e terminei hoje a corrida de orientação no Calvário de Castro Daire. Após 50 Km percorridos está feito o aquecimento para o  dia 9 de Julho de 2010 na Vila de Mões, onde a “Caminhos da Memória – Associação” vai realizar a sua próxima caminhada, desta vez um trilho nocturno em cooperação com a organização da Feira Medieval de Mões 2010.

maio 02, 2010

Portugal endividado. E se o país chegar à bancarrota?


Crise!!!


Apesar do meu esforço para alimentar o optimismo, transcrevo este texto porque não se deve continuar indiferente à gravidade da crise. É preciso começar a aprender, muito a sério, a gerir os problemas que estamos a enfrentar, a viver com o quase nada de que dispomos. No fim do artigo aparecem alguns conselhos úteis.


Jornal de Notícias, 202-05-2010. Cláudia Luís


Chovem pedidos de socorro de famílias sobreendividadas na Deco. E se Portugal falir? O que fazer?


Só este ano, 833 pedidos de ajuda de famílias sobreendividadas chegaram à Deco - Associação de Defesa do Consumidor. O número de processos é progressivamente maior desde há dez anos, quando a crise actual começou, e (quase) ninguém deu por nada. Hoje, é (quase) tarde de mais. Desemprego, doença e deterioração das condições laborais são as três grandes causas que levaram estas famílias a escrever, em Março, à Deco.

Numa dessas cartas, lê-se: "Há meses que supero, pois vou a tudo. Muitas vezes até dou serventia em obras. Vale tudo. Mas, ultimamente, estou desesperado, pago as contas com atraso, o que me tira o sono e me dá vontade de abandonar tudo. É só ameaças, ofensas nos telefonemas das concessionárias de crédito". O desespero mantém-se numa outra missiva: "O que posso fazer para conseguir que o banco analise o meu processo? Podem ajudar-me? Estou um pouco desesperada, porque sempre que encontro uma solução, fecham-me as portas e já não sei o que fazer".


Crédito à habitação, crédito automóvel, cartões de crédito para pagar cartões de crédito. A espiral não tem fim.


Portugal é notícia no Mundo, porque, alegadamente, corre risco de entrar em bancarrota. Enquanto políticos e governantes ensaiam manobras de confiança para os mercados internacionais, a classe média portuguesa suplica por ajuda. E se o país falir? Como será se Portugal entrar em bancarrota?

Há histórias assustadoras de países que abrem falência e de famílias de classe média que tinham quase tudo e ficaram sem quase nada. Mas até parece que essas histórias acontecem só - lá longe - aos outros países. Será que Portugal pode, mesmo, falir? O que é isso de falir um país inteiro? Não passará tudo de mais um caso de alarmismo? O economista Pedro Santa-Clara responde: "Não é só alarmismo, não. A situação é verdadeiramente séria".

Avancemos, então - e sem medos - para o mundo das finanças. Seremos guiados por peritos que nos explicarão tudo o que está a acontecer ao nosso país e às nossas vidas. Se tem uma aversão natural aos temas económicos, está a ler o texto certo, no momento certo. Avancemos.

Então, como pode um país falir? Pedro Santa-Clara, docente na Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, explica: "Um país entra em falência quando consome mais do que produz. Enquanto tiver quem empreste, pode continuar neste esquema. Quanto deixar de ter, ou passa a consumir menos e a produzir mais ou não cumpre e abre falência".

No caso de uma empresa, quando abre falência é "decretado o seu fim". Mas os países não são empresas. Segundo o economista João Loureiro, "um Estado pode entrar em incumprimento, mas isso nunca implicará o fim do país. Os países não acabam pelo facto de os respectivos governos entrarem em incumprimento".


Tal e qual uma família falida


Como funciona um país, cujo Governo entrou em incumprimento? "O país fica com muito má reputação e deixa de ter crédito. Mesmo que continue a haver algum, passa a ser a taxas de juro muitíssimo elevadas". João Loureiro, docente da Universidade do Porto, alerta ainda para "um contágio a todos os agentes económicos do país" - bancos incluídos -, que "também perdem acesso a crédito nos mercados internacionais". Enquanto isso, os clientes dos bancos, todos nós, também não conseguem os seus empréstimos.

Ora, daqui se conclui que o factor credibilidade é muito importante nesta matéria. Os países precisam de ser credíveis para serem saudáveis. Pedro Santa-Clara, confirma que é mesmo "essencial". E explica que "o mesmo se passa com uma família em falência: perde credibilidade para o futuro, o que torna difícil voltar a conseguir um empréstimo". E lembra o caso da Argentina, que, passados tantos anos, ainda não tem acesso aos mercados internacionais.


Com o euro, tudo é mais sentido


Fala-se em bancarrota. E na possibilidade da bancarrota portuguesa. Na realidade, quando se usa a expressão bancarrota, "pode interpretar-se como sinónimo de falência, mas também pode ser um sinónimo de incumprimento: uma situação em que quem deve não honra os compromissos". Contudo, frisa, João Loureiro, "incumprimento não é, necessariamente, falência".

A actual situação não é uma estreia para os portugueses. E talvez o caso mais semelhante tenha ocorrido nos anos 70 e 80 do século passado. Na época, o Governo também entrou em incumprimento; logo, "o estrangeiro cortou o crédito ao Estado, às empresas e aos bancos", lembra o docente do Porto.

Só que, na época, havia o escudo. Então, o Fundo Monetário Internacional (FMI) emprestou dinheiro ao Governo português, impondo uma série de condições. Uma delas era a "desvalorização da moeda, o que facilitava a venda dos nossos produtos no estrangeiro, mas tornava mais caras as nossas importações", ressalva o investigador. 

Hoje, com o euro, tudo é diferente. "Tudo é mais sentido pelas pessoas", defende Santa-Clara. "O mesmo bem custa mais 30% em Portugal do que na Alemanha. É imperativo aumentar a produtividade. Ou isso ou diminuir os salários". Por isso, o economista sublinha a necessidade de sensibilização dos sindicatos, aproximando-os aos modelos do Norte da Europa.

Com o euro, "os países deixam de poder emitir moeda, pois esse poder está confiado ao Banco Central Europeu, cujos estatutos impedem o financiamento monetário dos défices públicos", acrescenta o economista Pedro Bação, professor na Universidade de Coimbra.


Onde fica a saída, p.f.?


Siga as placas da boa reputação. Dizem os peritos que, enquanto o Governo, as empresas, os bancos e as famílias mantiverem credibilidade, os credores mantêm os seus empréstimos. E, enquanto assim for, Portugal não corre risco de insolvência. 

Mas todo este processo de manutenção da credibilidade de um país leva anos e sustenta-se num frágil conceito de "expectativa". Santa-Clara insiste: "Quando deixa de haver expectativa, deixa de haver credores. As pessoas têm tendência a perceber mal o facto de tudo poder mudar de forma repentina".

Assim, há placas a apontar vários caminhos para a saída. A via do aumento de impostos é uma delas, mas isso "poderá estar limitado pelos efeitos políticos e sociais", previne Pedro Bação. Pode escolher-se o caminho do apoio de outros países e instituições como o FMI, tal como fizeram a Islândia e a Grécia. Ou pode, "pura e simplesmente", seguir-se a placa sem saída e "não conseguir ter os meios para cumprir as obrigações", conclui o especialista. De qualquer forma, há um imperativo: "Um país falido tem que reduzir drasticamente o nível de consumo e investimento".


Que consequências nas nossas vidas?


Imagine-se agora que Portugal faliu, em bom rigor, que entrou em incumprimento: o que acontece a uma família de classe média já sobreendividada?

Para começar, explica o docente de Coimbra, "as famílias com dívidas ao banco sofrerão, certamente, um aumento dos juros". Depois, comprar casa será um desafio maior para "conseguir o crédito desejado". De forma mais simples: seja um Estado, uma empresa ou uma família, a única forma de agir neste cenário é "passar a gastar só o que se tem", diz João Loureiro.

Por sua vez, Santa-Clara ressalva a existência ainda de cenários possíveis. Um dos mais favoráveis será "a renegociação com os credores, diminuindo o plano de pagamentos para algo suportável, o que não é fácil. O pior dos cenários passa pela perda de confiança generalizada. Haverá corrida aos bancos; incumprimento desordenado; restrições do sistema financeiro; grandes custos para o país; desemprego".

Pedro Bação generaliza: haverá uma "perda de bem-estar", que, tal como farão as famílias, obrigará o "Estado português a diminuir a sua dimensão". Na prática, e segundo o docente de Coimbra, o Governo terá que "cortar nos empregos do sector público, nos salários ou mesmo no fornecimento de serviços públicos e prestações sociais. Ou aumentar os impostos". Em suma: do emprego aos rendimentos, "é possível que tudo piore significativamente".

o crime não existiu e o suspeito não foi promovido a criminoso!


Visão. 29 de Abr de 2010. Ricardo Araújo Pereira

Portugal é um país em salmoura. Ora aqui está um lindo decassílabo que só por distracção dos nossos poetas não integra um soneto que cante o nosso país como ele merece. 


"Vós sois o sal da terra", disse Jesus dos pregadores. Na altura de Cristo não era ainda conhecido o efeito do sal na hipertensão, e portanto foi com o sal que o Messias comparou os pregadores quando quis dizer que eles impediam a corrupção. Se há 2 mil anos os médicos soubessem o que sabem hoje, talvez Jesus tivesse dito que os pregadores eram a arca frigorífica da terra, ou a pasteurização da terra. Mas, por muito que hoje lamentemos que a palavra "pasteurização" não conste do Novo Testamento, a referência ao sal como obstáculo à corrupção é, para os portugueses do ano 2010, muito mais feliz. E isto porque, como já deixei dito atrás com alguma elevação estilística, Portugal é um país em salmoura: aqui não entra a corrupção - e a verdade é que andamos todos hipertensos.


Que Portugal é um país livre de corrupção sabe toda a gente que tenha lido a notícia da absolvição de Domingos Névoa. O tribunal deu como provado que o arguido tinha oferecido 200 mil euros para que um titular de cargo político lhe fizesse um favor, mas absolveu-o por considerar que o político não tinha os poderes necessários para responder ao pedido. Ou seja, foi oferecido um suborno, mas a um destinatário inadequado. E, para o tribunal, quem tenta corromper a pessoa errada não é corrupto - é só parvo. A sentença, infelizmente, não esclarece se o raciocínio é válido para outros crimes: se, por exemplo, quem tenta assassinar a pessoa errada não é assassino, mas apenas incompetente; ou se quem tenta assaltar o banco errado não é ladrão, mas sim distraído. Neste último caso a prática de irregularidades é extraordinariamente difícil, uma vez que mesmo quem assalta o banco certo só é ladrão se não for administrador.


O hipotético suborno de Domingos Névoa estava ferido de irregularidade, e por isso não podia aspirar a receber o nobre título de suborno O que se passou foi, no fundo, uma ilegalidade ilegal. O que, surpreendentemente, é legal. Significa isto que, em Portugal, há que ser especialmente talentoso para corromper. Não é corrupto quem quer. É preciso saber fazer as coisas bem feitas e seguir a tramitação apropriada. Não é acto que se pratique à balda, caso contrário o tribunal rejeita as pretensões do candidato. «Tenha paciência», dizem os juízes. «Tente outra vez. Isto não é corrupção que se apresente.»
_____________________________________________
Parece-me que: 
A Justiça vive para ela própria e esquece que deve contribuir para uma vivência social mais lógica, harmoniosa e respeitadora dos outros.

abril 13, 2010

Na SIC (Sinais de Fogo), Na RTP (Pós e Contras)

Na SIC (Sinais de Fogo), Passos Coelho, demonstrou estar bem assessorado, à semelhança do Eng. Sócrates. Na presença dos “média” mais importante que demonstrar competência ou arrogâncias, é necessário fazer acreditar numa “bandeira “ de tal modo a mobilizar todas as tropas “exércitos” em defesa de um “território”.
A máquina está bem montada, o mais difícil é consolidar posições, o que pode provocar baixas. Espero que o PSD e o seu líder não desiludam, até porque como bem se diz por aí, a unidade não é o mesmo que unanimidade e no meu entendimento o pluralismo é um mal necessário!
Na RTP (Pós e Contras), o Sr. Secretário de Estado da Saúde, Médicos, Autarcas e Utentes do SAP de Valença, todos estiveram muito bem porque dialogaram e alguns dos problemas pareceme que podem ser resolvidos a curto prazo, nomeadamente os de coordenação de meios.
Nos diversos partidos existem políticos capazes mas também encontramos “ignorantes e incompetentes”, como em qualquer outra organização, mas é por demais evidente que o mais importante é serem audazes na angariação de votos em época de eleições, fica sem dúvida para segundo plano a competência, só assim se justifica alguns acontecimentos.
Os interesses do Povo são prioritários aos interesses políticos, por isso não me interessa a cor do partido, interessa-me o bem estar do Povo, porque mandar todos mandam saber comandar é mais difícil.

O Homem quando ultrapassa os patamares da sua competência, de imediato revela o máximo da sua incompetência. Tenho dito.

março 21, 2010

Cerca de oitenta caminheiros, oriundos de diversos Concelhos, visitaram Eiriz - Castro Daire.

A associação “Caminhos da Memória - Associação”,organizou a 2ª caminhada no concelho de Castro Daire e já tem programada o terceiro evento para 30 de Maio de 2010, os detalhes podem ser consultados no site da associação www.caminhosdamemoria-associacao.pt.vu ,  no final da próxima semana.
Cerca de oitenta caminheiros, oriundos  de diversos Concelhos (Bragança, Penafiel, Paredes, Marco de Canaveses, Castelo de Paiva, Arouca, Cinfães, Mangualde, Tondela, Viseu, Penalva do Castelo, Gouveia, Guarda e naturalmente Castro Daire), percorreram hoje  o trilho dos moinhos, na localidade de Eiriz, freguesia de Parada de Ester, Concelho de Castro Daire.
A beleza natural da paisagem superou as expectativas segundo os participantes, destaca-se as quedas de água, os moinhos, o meio  envolvente, a hospitalidade das pessoas e por fim o lanche oferecido  pela Junta de Freguesia.
Alguns participantes são personalidades conhecidas, Presidente da Junta de Freguesia de Parada de Ester (António Monteiro), Vereadores da Câmara Municipal de Castro Daire (Dr. Rui Braguês, Dr. Paulo Almeida), professores da “ESTV-IPV “ Escola Superior de Tecnologia - Instituto Politécnico de Viseu ( Dr. Joaquim Antunes – Director do Departamento de Gestão, Dr.Tomé - Docente ESTV), Chefe dos CTT de Penafiel e Empresários locais entre outros.