março 12, 2010

A Região do Douro mantém-se no concurso das Sete Maravilhas Naturais de Portugal

A Região do Douro mantém-se no concurso das Sete Maravilhas Naturais de Portugal e está representada pelo Vale do Douro, numa candidatura que a Associação de Empresários Turísticos do Douro e Trás-os-Montes (AETUR) apresentou em tempo oportuno. O grupo das 323 candidaturas iniciais a Maravilha Natural de Portugal ficou agora reduzido a 21 finalistas e o Vale do Douro mantém-se na corrida na categoria de Zonas Aquáticas Não Marinhas.
Após a última selecção, efectuada ontem pelo júri oficial, a votação nos 21 finalistas passou para o público, que pode agora votar por telefone, SMS, ou na Internet. Os sete vencedores serão conhecidos a 7 de Setembro.

O Vale do Douro conta já com um forte reconhecimento nacional e internacional, tendo sido classificado como Património Mundial pela UNESCO, em 2001. O ano passado foi considerada uma das 77 maravilhas naturais do mundo e a National Geographic Society considerou o vale como o 7.º melhor destino europeu para turismo sustentável e o 16.º a nível mundial, entre 133 candidatos. A mesma sociedade atribuiu ao Douro 76 pontos num total de 85 (valor obtido pelos fiordes noruegueses), classificando-a à frente da Toscânia, na Itália, e do centro histórico de Salzburgo, na Áustria.

Moldado ao longo do tempo, o Vale do Douro é um património natural, rico em biodiversidade, um “poema geológico, a beleza absoluta”, ou “um excesso da natureza”, nas palavras de Miguel Torga, aspectos que esta candidatura evidencia.. Como um diamante em bruto, este vale foi sendo lapidado ao longo de séculos. Nas suas encostas foram instaladas vinhas em socalcos e destas nascem todos os anos preciosos néctares apreciados em todo o mundo. Desde Barqueiros até à fronteira espanhola, o rio serpenteia pelas encostas de degraus e é testemunha da paixão dos homens pela terra.

O Vale do Douro é simultaneamente a mais antiga região vitivinícola demarcada e regulamentada do mundo. A arte de bem-fazer o vinho tem passado de pais para filhos e, desta forma, os vinhos do Douro ganharam fama e atravessaram fronteiras. Fizeram as delícias dos ingleses logo no século XVII, tendo estes começado a importar este produto a partir da cidade do Porto até onde o vinho descia das encostas durienses em pipas acondicionadas nos barcos rabelos. Foi também a cultura do vinho que fez prosperar a região e nela crescerem vilas e cidades e floresceram solares, quintas majestosas, vários, hoje, transformados em hotéis e unidades de turismo rural.

Foi também pelo vinho e pela sua fama global que muitos turistas começaram a demandar a região, para conhecer as terras e as pessoas que são capazes de produzir um tão apreciado néctar. Hoje são muitos os turistas que percorrem as águas do Douro em cruzeiro, ávidos em descobrir a história, de explorar a natureza assombrosa e de sentir as origens do Vinho do Porto, o eterno embaixador de Portugal no mundo.

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